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| Foto da minha autoria. Ribatejo |
Virei o cais da saudade
E fiquei à tua espera
Como se o tempo parasse
E corresse a Primavera
Como se este meu sentir
Ainda fosse sonhar
Que tiveste que partir
Mas que agora vais chegar
Como se neste meu peito
Ainda houvesse lugar
Com espaço e com direito
De viver o verbo amar
Como se toda a amargura
Que habita dentro de mim
Se transformasse em ternura
E nela abrisse um jardim
Como se a escuridão
Que antecede o meu dia
Varresse por compaixão
A minha alma sombria
Virei o cais da saudade
P'ra chegar à conclusão
Que por destino ou maldade
Saudade não tem idade
E o meu sentir também não.


15 comentários:
Felizmente, vais aparecendo de vez em quando para nós matarmos a saudade dos teus lindíssimos versos, querida Rosa Maria.
E que beleza esse pôr-do-sol ribatejano! Pena foi essa antena da NOS, creio, tirar-lhe algum encanto. Coisa pouca.
Um grande e saudoso abraço.
Beijinhos, também
Reapareces para dejarnos un poema de sensibilidad y belleza.
Me encanta tu foto.
Saludos.
Espetacular. Uma alma bonita exposta de maneira perfeita. Parabéns. Bjinhos
Há coisas pelas quais sentiremos sempre saudade...
O teu poema é sofrido, mas magnífico.
Tem uma boa semana.
Beijos.
Muito bonito, os meus parabéns!
Bjxxx,
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Quanta saudade dos seus poemas tão musicais em que o ritmo nos convida a sorrir e ler de novo !
Obrigada Rosa Maria , sempre que possa uma visita é uma alegria . Tão bom ter de novo amizades “maduras “ isto é daquela que nunca de esquece
Que tudo esteja a correr mansamente como o seu outono
Um terno abraço !
Rosa Branca, vir até aqui e deparar com teu profundo sentir poético, com toda essa carga de sentimentos, faz-me sentir BEM. Não deixes de o fazer.
Essa saudade que tão bem expressas só nós a podemos sentir, não existe noutro idioma. Uma maravilha!
Beijos
Lovely poem. Warm greetings from Montreal, Canada ❤️ 😊 🇨🇦
Olá, Rosa!
Primeira vez aqui no teu blog e simplesmente me deliciando. Muito lindas as tuas postagens. "O cais da saudade" (que acabei de ler e reler) é de um lirismo todo especial. Adoro quadras e fiquei maravilhada ao ler as tuas! Simplesmente perfeitas! E a foto ficou um arraso. Parabéns!
Bjs, Marli
Belíssimo poema, abordando a saudade, sentimento que vive comigo.
Beijinho e ótimo dia, amiga.😘
Há textos que tocam fundo e nos levam de volta aos portos da alma… Este é um deles. A tua escrita tem uma serenidade e uma melancolia que abraçam o leitor. Que beleza de sentimento, tão puro e nostálgico. 💜
Com carinho,
Daniela Silva
https://alma-leveblog.blogspot.com
Convido-te a visitar o meu cantinho também 🌷
Querida Rosa,
Que poema mais delicado e cheio de música interior. Há nele o ritmo doce da saudade e a maturidade de quem sabe que o tempo não apaga o sentir apenas o transforma. Cada verso é como uma maré que vai e volta, levando um pouco da dor e trazendo de volta a esperança de que ainda é possível florir.
Gostei especialmente deste trecho:
“Como se toda a amargura / que habita dentro de mim / se transformasse em ternura / e nela abrisse um jardim.”
É o que a verdadeira poesia faz converte ferida em flor, ausência em entrega, silêncio em gesto de amor.
Tua escrita tem esse dom raro de tocar o coração com suavidade e verdade.
Obrigada, querida, pelo carinho e pela presença no meu blog. É sempre uma alegria encontrar palavras tão cheias de poesia como as tuas.
Com afeto,
Fernanda
Olá, amiga Rosa.
A saudade, essa companheira de viagem que sempre nos acompanha. É bom termos saudades das coisas boas da vida.
Gostei de ler-te, estimada amiga.
Grato, pela visita e gentil comentário.
Beijinhos, e um bom fim de semana com tudo de bom.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Bem-vinda ao Cais da Saudade
Aonde vens aportar.
Em muito boa verdade
És convidada a ficar
E não mais te ausentar.
Um Poema de excelência num regresso que trás alegrias ao coração.
Bem-vinda, Rosa-Branca.
Beijo,
SOL da Esteva
Há sempre uma esperança na espera.
Se nem tudo são rosas nem tudo está perdido.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
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