sexta-feira, 28 de junho de 2013

DÁ-ME UM POEMA



































Dá-me um poema singelo
Que tenha a simplicidade
Do malmequer amarelo
E do sentir a saudade

Dá-me um poema bordado
Onde a minha nostalgia
Esteja em espaço fechado
P'ra sair a ousadia

Um poema p'ra beber
Em gotas de desalinho
A deslizar com prazer
Nas ondas do meu corpinho

Dá-me um poema rasgado
Para eu acabar então
O puzzle que tenho guardado
Dentro do meu coração

Dá-me um que seja rosa
Para eu te desfolhar
O doce da tua prosa
Nas pétalas do teu olhar

Dá-me um poema qualquer
Mas dá-me depressa a correr
Onde eu me sinta mulher
E tu poeta a valer

Dá-me um poema sentido
Nas ondas desse teu mar
Onde te sintas perdido
E eu me possa encontrar.


sábado, 1 de junho de 2013

AUSENTE



















Estou ausente de tudo
Que me possa magoar
Tenho o meu grito já mudo
E o meu silencio a gritar

Estou ausente da vida
Tão cheia de amargura
Que me faz sentir perdida
Falta-me a tua ternura

Ausente dos sonhos meus
É assim que vou andar
Do brilho dos olhos teus
Que tanto me faz penar

Estou ausente do mundo
Para não ter que escutar
O meu sentir mais profundo
Sempre por ti a chamar

Ausente estou de ti 
Porque assim quiseste amor
Meu coração já não ri
E minh'alma sente dor

Estou ausente de mim
Para não ter que assistir
Ao caos deste meu jardim
E à morte do meu sentir.