sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
EU VOU-TE AMAR DE VERDADE
Quando o Sol se esconder
E a lua não mais brilhar
Ao teu leito, eu vou ter
Quando estiveres a sonhar
Em teu corpo, eu a arder
Na chama, os meus desejos
Numa noite com prazer
E num delirio de beijos
Em sonhos de rubra cor
Em ti eu vou navegar
Na tua fonte de amor
Minha alma vou lavar
Assim ao romper d'aurora
Quando o corpo arrefecer
Esta minha alma já chora
Pelo teu corpo a arder
Mas se eu voltar a nascer
Vou-te procurar p'la cidade
Tuas linhas, eu não vou ler
Cartas, não vou mais escrever
Mas vou-te amar de verdade.
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
QUEM ME DERA
Quem me dera meu amor
Ser o Sol da tua vida
Ser o teu jardim em flor
P'ra me colheres com ardor
E me beijares de seguida
Ser o sonho, a ilusão
A razão do teu sentir
E juntinho ao coração
Saborear, doce emoção
Do teu coração a abrir
Contigo então navegar
Nesse mar, que me irradia
Ver as estrelas a brilhar
Em noite de um belo luar
Nas ondas de calmaria
Ser a tua bela cinderela
Princesa do teu reinado
Á meia-noite, eu donzela
Deixo caír, a minha chinela
P'ra ti princípe encantado
Em sussurro, ouvir-te dizer
Que sou a tua primavera
Voar, nas ondas do prazer
Sentir-me em ti, renascer
Ai meu amor, quem me dera.
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
NAS ONDAS DO TEU POEMA
Nas ondas do teu poema
Contigo eu fui navegar
Enterrei o meu dilema
Nas linhas da tua pena
E tive ousadia, sonhar
Sonhei, que era uma rosa
A rubra do teu jardim
Sentia-me até vaidosa
Ondulante, caprichosa
Por me escolheres a mim
Sonhei, que era o teu amor
Que não vivia sem ti
Beijavas-me, com ardor
Tu me deste aquela flor
Que eu nunca recebi
Em teu corpo, eu a abrir
Minhas pétalas derramei
Dei-te um abraço, a seguir
Fiquei a ver-te dormir
E no final, eu acordei
Na fraqueza do meu ser
Neste tão doce acordar
Eu fiquei, então a saber
Se continuares a escrever
Eu rosa, continuo a sonhar.
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
É SONHO MEU
É sonho meu, ou ilusão
Ou é esperança sentida
Eu querer que o coração
Me anule, esta desilusão
E eu queira, viver a vida
Viver minha vida, sem ter
Que andar amargurada
Olhar p'ra um jardim, e ver
Botões de rosa a nascer
Sentir esperança do nada
Correr assim, à procura
Do amor que tanto quis
Deitar fora a amargura
Conservar toda a ternura
Viver, sorrir e ser feliz
Se é que na vida errei
O tempo não vai parar
Agora é tarde, até sei
Eu mulher, me anulei
Só tenho direito, sonhar
É loucura, sim senhor
Este meu sonho pateta
De sonhar, grande amor
Na tela de algum pintor
Ou na alma de um poeta.
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